caso Camargo Correa

Os dez suspeitos de envolvimento nos crimes apurados pela Operação Castelo de Areia, que investiga a constutora Camargo Corrêa, deixaram a carceragem da sede da Polícia Federal (PF), em São Paulo, pouco antes das 19h deste sábado (28). As dez pessoas estavam presas desde quarta-feira (25).

A libertação cumpriu habeas corpus do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, que determinou a soltura de quatro executivos e duas secretárias da construtora, além de quatro supostos doleiros citados pela investigação.

As dez pessoas que ficaram presas por quatro dias na sede da PF saíram sem falar com a imprensa, divididas em cinco carros arranjados por seus advogados. A maior parte dos citados na investigação da Operação Castelo de Areia cobriu o rosto para evitar as câmeras.

Segundo o TRF, dois habeas corpus foram concedidos pela desembargadora Cecília Mello. Na sede da PF, pouco antes da libertação de seus clientes,
advogados criticaram a suposta posição ideológica do juiz federal Fausto De Sanctis, responsável por determinar a prisão dos envolvidos no caso.

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Entenda o caso
Quatro executivos da construtora, duas secretárias e quatro supostos doleiros foram presos por suspeita de envolvimento em um esquema de remessa ilegal de dinheiro da construtora para o exterior por intermédio de doleiros que atuam no Brasil e em outros países. Segundo o MPF, foi criado um esquema sofisticado de operações de câmbio e transferências bancárias.

A PF também pôs a empreiteira sob suspeita de crime eleitoral. As suspeitas da polícia sobre a prática de crimes eleitorais são baseadas em conversas entre executivos da Camargo Corrêa gravadas durante a investigação. Diversos partidos foram citados nas escutas telefônicas e de ambiente da investigação.

Todos as pessoas que ficaram presas durante por quase quatro dias na PF foram indiciadas pela Polícia Federal. Entre os crimes de que são acusadas estão evasão de divisas, câmbio ilegal e formação de quadrilha. Segundo investigadores, eles não deram informações relavantes para a investigação em seus depoimentos.

A empresa nega irregularidades e disse que vai cooperar com a investigação. Na sexta-feira (27), a defesa da Camargo Corrêa ganhou um reforço: o advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos.

A Procuradoria da República informou neste sábado que vai pedir auditoria em obras da empreiteira. A desconfiança é que o dinheiro usado nas operações suspeitas venha do superfaturamento de obras e de fraude em licitações.

(Com informações do Jornal Nacional)

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